ELEGIA
No olhar a luz das estrelas,
O fulgor da alma,
Que atrai e acalma.
No sorriso a alegria,
Confiança em si,
Brilho da energia.
O rosto mostra a beleza
De ninfas antigas
Filhas da natureza.
Bendito seja o teu coração livre de neblinas
Que desviam do rumo o barco da vida,
Levam a procelas no mar dos desenganos,
Esfarrapam os panos da lucidez das velas.
Bendito seja o teu caminhar seguro
Pelas encruzilhadas que o destino oferece,
Quando o espelho do olhar escurece,
Provocando incerteza, e dor do entristecer.
És venturosa quando a vontade predomina
Sobre os impulsos do ter a qualquer custo,
O fausto, a riqueza, o amor e o poder,
A ambição humana que a alma desatina.
Louvada seja essa imensa ternura
Que a tua figura resplandece aonde vais,
Os pés deixando um rastro de estrelas,
As mãos espargindo flores e cristais.
Bem–aventurados os que primam da tua amizade,
Ouvem a tua lira e as mágicas canções,
Que aos poetas inspira, cria tentações
Pelo corpo, pelo amor, pela fugaz felicidade.
Sabes ser rainha,
No porte e no manto,
No mágico encanto.
Sabes ser mulher,
Aquela que faz
O que deseja e quer.
Sabes ser fada,
Amando a ti mesma.
Para ser venerada.
Antonio Carlos Rocha
Um comentário:
Lindo...bem aventurados sejam os teus versos.
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