sexta-feira, novembro 26, 2010





ELEGIA



No olhar a luz das estrelas,

O fulgor da alma,

Que atrai e acalma.



No sorriso a alegria,

Confiança em si,

Brilho da energia.



O rosto mostra a beleza

De ninfas antigas

Filhas da natureza.



Bendito seja o teu coração livre de neblinas

Que desviam do rumo o barco da vida,

Levam a procelas no mar dos desenganos,

Esfarrapam os panos da lucidez das velas.

Bendito seja o teu caminhar seguro

Pelas encruzilhadas que o destino oferece,

Quando o espelho do olhar escurece,

Provocando incerteza, e dor do entristecer.

És venturosa quando a vontade predomina

Sobre os impulsos do ter a qualquer custo,

O fausto, a riqueza, o amor e o poder,

A ambição humana que a alma desatina.

Louvada seja essa imensa ternura

Que a tua figura resplandece aonde vais,

Os pés deixando um rastro de estrelas,

As mãos espargindo flores e cristais.

Bem–aventurados os que primam da tua amizade,

Ouvem a tua lira e as mágicas canções,

Que aos poetas inspira, cria tentações

Pelo corpo, pelo amor, pela fugaz felicidade.



Sabes ser rainha,

No porte e no manto,

No mágico encanto.



Sabes ser mulher,

Aquela que faz

O que deseja e quer.



Sabes ser fada,

Amando a ti mesma.

Para ser venerada.

Antonio Carlos Rocha







Um comentário:

Ana Cristina M. disse...

Lindo...bem aventurados sejam os teus versos.