sexta-feira, setembro 14, 2012

 
 
 
 
ESCAFANDRO
 
 
Há quatro anos mergulhei nos seus olhos
e continuo nadando nesse mar de encanto
sem achar a concha e a pérola que buscava.
 
Não me adapto às profundezas da alma,
na escuridão me perco e não enxergo
os lampejos dos seus íntimos sentimentos.
 
 
E ninguém me estende um escafandro
para que possa permanecer mais tempo
sob águas que  me empurram à superfície.
 
É próprio da mulher guardar segredos,
que prendem o homem pela curiosidade,
pela sede de sugar o néctar dos mistérios.
 
Quantos anos mais vogarei nesse oceano?
 
Antonio Carlos Rocha


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