ESCAFANDRO
Há quatro anos mergulhei nos seus olhos
e continuo nadando nesse mar de encanto
sem achar a concha e a pérola que buscava.
Não me adapto às profundezas da alma,
na escuridão me perco e não enxergo
os lampejos dos seus íntimos sentimentos.
E ninguém me estende um escafandro
para que possa permanecer mais tempo
sob águas que me empurram à superfície.
É próprio da mulher guardar segredos,
que prendem o homem pela curiosidade,
pela sede de sugar o néctar dos mistérios.
Quantos anos mais vogarei nesse oceano?
Antonio Carlos Rocha
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