COITADO
Na sua rua me perdi,
tonto de amor que estava,
incapaz de achar a porta
que levava ao seu coração.
Parecia estar perto,
parecia ser a azul,
ou talvez a verde,
talvez a roxa,
talvez...
Mas a casa era amarela,
tinha um terraço cinzento,
uma janela rosada,
um telhado vermelho.
Não consegui ver o rosto
oculto atrás da cortina,
mas o riso era o seu, de menina,
um convite para pular a janela.
Cai no colo da avó,
nem sua, nem minha,
porém robusta e sapiente:
- Afoito merece um coito!
Aprende a ir devagar!
Antonio Carlos Rocha
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