Hoje o "Estadão" em manchete informa:: " Numero de adolescentes apreendidos em SP aumenta 138 % em dez anos" e que "O crescimento é o triplo do que o registrado entre maiores de idade".
Este dado impressionante interessa ao grande número de internautas defensores da redução da maioridade penal em razão da atrocidade recentemente cometida por adolescente prsetes a completar 18 anos: frio assassinato de outro jovem que não reagiu ao roubo de seu celular.
Porta-vozes do governo federal refutam a ideia desses cidadãos revoltados, com base na farscesca e ultrapassada alegação de que o aumento da criminalidade tem como origem a exclusão social, a pobreza que incita a violência como método para satisfazer o consumo de bens e alimentos.
Esse argumento contradiz de forma acachapante a intensa publicidade oficial de que governos petistas são reponsáveis nos últimos dez anos, "como nunca dantes ", pela crescente inclusão dos pobres e despossuidos na sociedade de consumo. A multiplicação geométrica da criminalidade entre adolescentes informada pelo "Estadão" torna tragicômica a postura oficial do lulismo agora representado pela "presidenta".
O incentivo governamental ao consumismo como forma de gerar crecimento econômico - e só tem gerado carestia inflacionária - seria um dos motores da ambição juvenil por bens que não podem adquirir por serem pobres?
Pode até ser um dos motivos bem secundários do crescimento de latrocínios e assaltos, mas existem causas fundamentais que a omissão de politicos devotados ao Poder e não ao Bem Comum afasta da discussão social para ocultar sua imcompetência em defender a Segurança Pública e o inalienavel direito humano da vítimas.
Dentre essas causas cito apenas algumas que a meu ver merecem ampla atenção e posicionamento da população e dos seus representantes no Congresso e no Poder Executivo:
- a expansão incontida do mercado das drogas alucinógenas que inclui filhos de familias ricas e remediadas entre os criminosos que matam até parentes, demonstrando que pobreza não é motivo para se tornar facínora. O eminente Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal - veio de família de baixa renda e cursou escolas públicas. Venceu por esforço próprio. Conquistou seu elevado grau de dignidade humana.
- a falta de educação básica de qualidade e o preparo profissional que habilitem o jovem a ingressar e progredir no mercado de trabalho, hoje carente de pessoas especializadas para o crecimento da produtividade na economia brasileira, sem a qual o País não tem condições de se desenvolver e enfrentar a concorrência internacional.
- a desagregação familiar impulsionada pelo abandono de valores que devem ser transmitidos aos filhos desde a tenra infância,dentre eles o respeito humano, o estudo e o trabalho para valorizar-se a sí mesmos e não se tornarem dependentes de assitencialismo do Estado. As crianças e jovens não podem ter como "heróis" os bandidos endeusados por funqueiros.
- a legislação de impunidade total até completar 18 anos, embora com 16 já sejam considerados cidadãos com consciência suficiente para exercer o direito de voto e dirigir veículos. Hoje até índios se informam e se instruem pela internet e recebem incentivo de cotas para facilitar o ingresso em universidades. Estamos na era da inocência perdida. Maioridade penal com 16 anos decorre de raciocínio lógico não contaminado por ideologias ultrapassadas.
Evidentemente existem outras causas do crescimento da criminalidade, não apenas juvenil, que os doutos especialistas podem elencar e contribuir com propostas criativas de solução do problema. Só não me venham com embolorada tese da exclusão social.
Antonio Carlos Rocha
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