sábado, janeiro 29, 2011

Da fragilidade humana

   CHOVO PORQUE VENTA

Tantas incertezas afastam de meus olhos
o brilho vítreo.
Sou personagem de tragicomédia
escrita por outrem.
Neste mar onde navego, os escolhos
negam livre-arbítrio.

O aleatório cria enciclopédia
para ler o ontem.
Ao leme, desejo chegar ao porto
em meio à tormenta.
O barco segue por um rumo torto;
Chovo porque venta!

Antonio Carlos Rocha

Nenhum comentário: